Uma informação falsa a respeito de uma jovem que teria sido encontrada morta em Campina Grande do Sul circulou nos últimos dias em grupos de notícias não-oficiais do Whatsapp. Entre as inúmeras mensagens, os participantes afirmavam que a vítima tinha sinais de estupro e outros questionavam se mais alguém estava sabendo do crime.
A informação divulgada nos grupos era de que o corpo da adolescente foi encontrado próximo à Unidade de Saúde da Sede, em Campina Grande do Sul. A notícia gerou repercussão e curiosidade em algumas pessoas, que não sabiam dizer o nome da vítima, mas afirmavam que parecia que o corpo estava há dias no local citado em outras mensagens.
Após toda essa repercussão, a reportagem do Linkada News fez algumas pesquisas e descobriu que, na verdade, o crime divulgado nos grupos aconteceu em Água Azul do Norte, no sudeste do Pará e que se tratava de uma adolescente, de 16 anos, encontrada morta no dia 31 de janeiro. Inclusive, um suspeito já foi preso pela Polícia Civil daquela região.
O fato é que, entre as inúmeras conversas nestes grupos de notícias de Quatro Barras, surgiram fotos explícitas da vítima, completamente nua, após ser encontrada. Pela lei, a divulgação de imagens de corpos de pessoas mortas pode ser considerada crime de vilipêndio de cadáver, de acordo com o que está previsto no Código Penal Brasileiro. Nestes casos, amigos ou familiares da vítima, que tenham se sentido lesados com a divulgação, podem responsabilizar judicialmente a pessoa que cometeu tal ato, mesmo que ela tenha disseminado tais imagens sem o intuito de desrespeitar a memória do falecido(a).
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