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Alunos de Campina Grande do Sul usam estação de microclima para aprender sobre meio-ambiente

Da Redação com assessoria de imprensa SEED/PR


Foto: Divulgação/Secretaria Estadual de Educação

Estudantes do primeiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Campos Sales, em Campina Grande do Sul, ganharam há cerca de dois meses uma estação de microclima, que serve para monitorar a condição atmosférica local.


Aliado à tecnologia informatizada, o equipamento doado vem ajudando no aprendizado da disciplina de Geografia, que aborda conteúdo de clima e tempo. A ideia de uma estação meteorológica dentro do ambiente escolar surgiu a partir de outro programa educacional da instituição que propõe um trabalho de arborização.


“O nosso projeto começou com a arborização do espaço dentro do colégio e no entorno. Para isso, temos que medir a temperatura de como estava o ar antes e como fica depois. Então, a longo prazo, nós temos aí o comparativo das medições e podemos comprovar as mudanças”, explica Gleice Simioni Cordeiro, professora de Geografia responsável pelo projeto.


A estação de microclima instalada no colégio é capaz de medir a temperatura e a pressão do ar, a direção e a velocidade do vento, e os índices de precipitação a uma distância de até quatro quilômetros. Depois de registrados pelo equipamento, os dados são direcionados para um computador. A iniciativa já mostrou que pode ser útil para a comunidade.


“O benefício para a comunidade é que com os alunos acessando e interpretando os dados, as pessoas poderão saber como isso impacta o dia a dia. Por exemplo, pode-se verificar, em um período muito seco, a importância de irrigar as plantas. E em um período de baixa umidade no ar, a importância de não ficar no sol em determinados horários e de manter o corpo hidratado”, reforça a coordenadora.


PELO MEIO-AMBIENTE - A atividade extracurricular é feita no contraturno das aulas e conta ainda com a ajuda de uma equipe interdisciplinar. Os participantes foram divididos em três grupos de aproximadamente dez estudantes que se comprometeram em manter os trabalhos e as análises por três anos e, depois, treinar outros interessados.


A professora Gleice acredita que se trata de um trabalho “de formiguinha” e que o resultado vai ser visto ao longo do tempo na relação dos alunos e da comunidade com o meio-ambiente.


“Todo o processo será analisado pelos alunos. Com isso, queremos criar uma consciência ambiental, de sustentabilidade, sobre as mudanças climáticas e o impacto das atitudes cotidianas. Então ao longo do tempo não teremos apenas um dado, mas vários dados que podem contribuir para a comunidade da escola e do município”, afirma.


APRENDENDO MAIS - Nicole Santana Rosa tem 15 anos de idade e aceitou o desafio. A aluna do primeiro ano do ensino médio estuda no período da manhã e uma vez por semana fica no colégio em tempo integral para se dedicar ao projeto. A adolescente acredita que essa é uma ótima oportunidade para aprender de forma prática o que muitos só conseguem ver nos livros e em sala de aula.


“Eu gosto muito de estar envolvida nos projetos que a escola propõe. Eu vi ali uma chance de envolver mais e aprender sobre meteorologia. Vai ser um aprendizado muito bom que eu vou levar para a vida. Já tem ajudado bastante. Na sala a gente aprende a teoria, mas quando juntamos a prática com a teoria o aprendizado é muito melhor”, conta a estudante.

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