Hospital já participou de 44 estudos nacionais e internacionais em quinze anos de existência
Quinze anos e a participação em 44 estudos nacionais e internacionais. Os números do Núcleo de Pesquisa do Hospital Angelina Caron impressionam pela capacidade de contribuição com o tratamento e a cura de doenças na área da cardiologia. O hospital contribui para o mundo com a participação em pesquisas de novos medicamentos realizadas em 40 países e regulamentadas pela Food and Drug Administration (FDA) e no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O coordenador do Núcleo de Pesquisa em cardiologia no Angelina Caron, o médico Dalton Precoma, explica que há quatro fases de estudos para um medicamento. “A fase um é realizada em laboratórios com o estudo de células e animais. Já a fase dois é quando iniciam os testes com humanos. Esta fase é comum nos Estados Unidos e raramente é realizada no Brasil. A fase três é onde inicia a nossa contribuição. Este é o momento anterior à chegada do medicamento ao mercado e busca comprovar a eficácia e a segurança com o uso por pacientes voluntários. Os estudos continuam após a chegada do medicamento ao mercado com a fase quatro, composta por avaliações e testes periódicos”, afirma.
Convites internacionais
Comum em áreas como neurologia, oncologia e ortopedia, a pesquisa na cardiologia no Brasil é oriunda de convites das universidades americanas, sendo 80% dos estudos realizados mundialmente. “A escolha do núcleo de pesquisa que participará do estudo leva em consideração a estrutura, o corpo clínico e o histórico de pesquisas realizadas. Todas as novas medicações que chegam ao Brasil em cardiologia têm passado pelo Angelina Caron”, comenta o cardiologista.
Doenças beneficiadas
Entre as doenças cardíacas beneficiadas pelas pesquisas estão a hipertensão arterial, infarto agudo, doença coronariana, insuficiência e arritmia cardíaca e diabetes associada a problemas no coração.
Referência no Brasil
Atualmente são doze estudos em andamento no Angelina Caron e estão previstos oito novas pesquisas até o próximo ano. O hospital é ainda o centro coordenador em dois estudos no Brasil. “Ser coordenador significa auxiliar o bom desempenho da pesquisa em outros centros e orientações sobre os protocolos”, explica o médico.
Gratuidade para os pacientes
Cada nova pesquisa costuma envolver entre dez e vinte mil pacientes ao redor do globo. No Angelina Caron, 60% dos participantes são pacientes no hospital e o restante são voluntários de todos os cantos do Brasil. A participação é oriunda de indicações em postos de saúde, médicos e avisos para a comunidade. Precoma reforça que cada estudo leva em média três anos e não gera custos aos pacientes. “Os voluntários que participam acabam sendo beneficiados com a garantia da continuidade do tratamento depois dos estudos, independente do custo do medicamento no mercado”, comenta.
Genética
Para 2017 estão previstos estudos direcionados por genética, assim como acontece na oncologia que, por exemplo, conta com tratamentos no câncer de mama que atuam apenas nas células cancerígenas, preservando as células saudáveis. O tratamento direcionado geneticamente ganha em eficácia, tornando-se benéfico para o paciente.
Vale ressaltar que a genética molecular está sendo incorporada ao tratamento das doenças cardiovasculares nos últimos anos e o desenvolvimento de pesquisas é fundamental para validar os estudos e novos testes de medicamentos baseados na genética para a população.
Pesquisas em outras frentes
O Angelina Caron ainda contribui com estudos nas áreas de endocrinologia e neurologia.
Sobre o Hospital Angelina Caron
O Hospital Angelina Caron está localizado na cidade de Campina Grande do Sul, na Grande Curitiba (PR). De caráter eminentemente social, o local é um centro médico-hospitalar de referência no Sul do País e um dos maiores parceiros do Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná. Recebe, anualmente, mais de 350 mil pacientes de todo o país, dos quais 95% pertencem ao SUS. Atua em todas as vertentes da medicina e é um centro tradicional de fomento ao ensino e à pesquisa. O setor de transplantes é um dos mais destacados, reconhecido internacionalmente, com cerca de 250 procedimentos por ano nas áreas hepática, renal, reno-pancreática, cardíaca e de tecidos corneanos. Mais informações no site www.hospitalangelinacaron.com.br
(Foto: Divulgação)
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