495450580893305 Artesão de Quatro Barras produz vassouras de palha há mais de 60 anos
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Artesão de Quatro Barras produz vassouras de palha há mais de 60 anos



Limpar a casa com vassoura de palha. Quem nunca fez ou presenciou alguém fazendo? Esta atividade comum, principalmente entre nossos avós, vem se extinguindo com o passar dos anos. Encontrar as antigas vassouras feitas de palha nas prateleiras dos supermercados é algo raro nos dias de hoje. Mas há quem resista ao tempo e ainda continue a fabricar o produto, assim como acontece com o vassoureiro Pedro Batista do Carmo, de 82 anos, morador do Menino Deus, em Quatro Barras.

Natural de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, o aposentado produz vassouras há mais de 60 anos. Ele aprendeu a arte com o pai aos 13 anos de idade. Com o passar do tempo ganhou gosto pela atividade e começou a investir na produção. Durante o dia, trabalhava como inspetor em uma escola e a tarde saía de porta em porta vendendo o produto. A venda das vassouras de palha garantem até hoje uma renda extra para a família do aposentado.

Em um pequeno galpão improvisado nos fundos de casa, seu Pedro, como costumam chamá-lo, reserva parte do seu tempo fabricando vassouras de palha. O processo para fabricação é todo artesanal e exige técnica e experiência. Todas as etapas da produção são feitas a mão, desde o amarramento da palha com um arame até a finalização com costura, feita uma a uma. O cabo e a palha, principal matéria-prima, são trazidos da região de Maringá pelo filho.


Moradores que residem há mais de 15 anos em Campina Grande do Sul, Colombo e Quatro Barras, provavelmente se lembram do vassoureiro que conta que percorria a pé de casa em casa oferecendo o produto. “Colocava as vassouras nas costas e saía pelos bairros onde se concentravam a maior parte dos compradores. Os lugares onde as pessoas compravam muito eram o Menino Deus, Timbu Velho, Jardim Paraná, Jardim Paulista e Eugênia Maria”, afirma ele.

Hoje com a idade avançada e com problemas de saúde, sair de casa se tornou uma tarefa desgastante para ele. Mas isso não é motivo para deixar de fabricar e vender suas vassouras, uma vez que ele conta com uma clientela fiel que não abre mão da qualidade e bom preço. Mesmo sem sair de casa, ele chega a vender em média 40 vassouras por mês. Os compradores, na sua maioria, são zeladoras de escolas da região e donas de casa. O pedido do produto é feito por encomenda ou pessoalmente direto na casa do aposentado.

Para seu Pedro vender esse tipo de mercadoria hoje não é uma tarefa difícil, mas exige experiência na hora de oferecer o produto. O que mantém a clientela fiel, segundo ele, é a durabilidade e a qualidade das vassouras, que se bem conservadas podem durar até três anos.

(Fotos: Adilson Santos)


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