495450580893305 Barco vira e pescador de Campina morre em rio na divisa; família denuncia serviço funerário
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Barco vira e pescador de Campina morre em rio na divisa; família denuncia serviço funerário



Um pescador de 50 anos, morador de Campina Grande do Sul morreu após cair dentro de um rio, no município de Barra do Turvo, região de divisa entre São Paulo e Paraná. O acidente aconteceu no último sábado (6), data em que o homem desapareceu durante uma pescaria. O corpo de Célio só foi encontrado no início da tarde de domingo (7) às margens do Rio São João.

Segundo informações repassadas por familiares ao Linkada News, Celio Carlos de Paulo, popularmente conhecido como “Celião” saiu de Campina Grande do Sul na última sexta-feira (6) para passar o fim de semana na região de Barra do Turvo, quando a embarcação de madeira onde ele estava virou. A esposa de Célio que tem familiares na cidade acompanhou o marido na viagem.


Celio estava na companhia do cunhando quando a embarcação virou. Bombeiros do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost) foram acionados para auxiliar nas buscas, mas quando o encontraram, Celio não apresentava mais os sinais vitais. O corpo do pescador foi localizado em uma região de mata fechada e de difícil acesso.

Considerado pela família como um pescador de mão cheia, "Celião" trabalhava como motorista de van e morava no bairro Jardim Ceccon, em Campina Grande do Sul. O corpo dele foi sepultado na manhã desta terça-feira (9).

Monopólio funerário


Se não bastasse a dor da perda, familiares de Celio contam que enfrentaram problemas para retirar o corpo do local. “Como a cidade não tem veículo do IML, funerárias é que prestam esse serviço na região. Mesmo com contrato com a prefeitura, o representante de uma delas quis cobrar da família o equivalente a R$ 1.500,00 só de deslocamento até o IML mais próximo, em Registro".

Ainda segundo familiares, a funerária proibiu a entrada de outra concessionária na cidade, caracterizando um certo monopólio aplicado pela empresa na região. "O pior de tudo é que fomos informados que nenhuma outra empresa do ramo estava autorizada a entrar na cidade para fazer o transporte. Até resolvermos isso, o corpo permaneceu por mais de seis horas enrolado em um saco plástico embaixo de uma árvore. Foi um descaso total”, denuncia uma familiar.

Somente após a intervenção de autoridades locais é que a família conseguiu o transporte do corpo. “Tivemos que pedir ajuda de alguns amigos de Campina Grande do Sul para irem até a cidade, porque se dependesse da prefeitura de lá nada seria feito, o responsável pela funerária chegou a dizer que não iria transportar o corpo e não adiantava chamar outra empresa, pois segundo eles, o IML não ia aceitar. Não respeitaram em nenhum momento a dor da família. Ficamos indignados com a situação”, completou outra familiar.

Buscando solucionar o problema, a família ainda tentou contato com uma funerária em Campina Grande do Sul para ir buscar o corpo, mas sem sucesso. Somente por volta das 21h foi que a família enfim conseguiu a liberação de um veículo funerário de Cajati.

IML de Registro diz atender a todos

Em contato com o Instituto Médico Legal do município de Registro, o mesmo informou que o transporte é determinado pela empresa, e que a unidade não interfere nesse processo. "Isso quem determina é a concessionária prestadora do serviço em cada cidade. O caso específico da funerária impor que somente ela pode fazer o transporte já não é de nossa responsabilidade, até mesmo porque recebemos corpos de várias regiões, e nunca deixamos de atender e proceder com os exames para a liberação à família", informou o auxiliar de necropsia Telmo, que compõe o quadro de profissionais da unidade.

Administração da cidade lamenta o ocorrido

O Linkada News também entrou em contato com a Prefeitura de Barra do Turvo para tratar sobre as proibições impostas pela funerária em questão. Por telefone, a secretária de Administração da cidade, Maria das Graças, disse desconhecer o episódio e desconsiderou que exista monopólio funerário na cidade. "A gente desconhece o que aconteceu no último fim de semana. A empresa contratada está apta a estipular um valor para o translado, mas jamais pode proibir que outras empresas do ramo venham buscar o corpo. A administração da cidade lamenta o ocorrido, e se coloca à disposição da família", disse das Graças.

Ainda segundo a secretária, o município mantém contrato para realização do serviço de recolhimento de corpos e que vai buscar averiguar a situação junto a prestadora de serviço da cidade.


(Fotos: Reprodução facebook e colaboração)


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