495450580893305 Em nota, time contesta informações divulgadas na imprensa sobre morte de jogador por PM no Sta Rosa
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Em nota, time contesta informações divulgadas na imprensa sobre morte de jogador por PM no Sta Rosa



Contestando as informações divulgadas por alguns veículos de comunicação sobre o caso do policial militar de folga que matou um jogador de futebol amador em Campina Grande do Sul, no início da tarde deste domingo (17), a direção do São Cosme Futebol Clube, time em que o PM jogava, divulgou uma nota relatando sua versão sobre o ocorrido. CLIQUE AQUI para ver a nota no facebook.

As informações veiculadas na imprensa foram que o PM e o rapaz alvejado, Gilson Camargo, teriam se desentendido durante a partida, fator que teria contribuído para que o PM atirasse em Gilson. Outra justificativa informada pelos principais veículos de comunicação para os disparos foi o placar do jogo, após desvantagem na pontuação da equipe em que o PM jogava.

Segundo informa a nota do São Cosme Futebol Clube, time de Campina Grande do Sul, a direção da equipe faz a seguinte observação: “Esclarecemos que os dois jogadores envolvidos no caso não tiveram em nenhum momento da partida qualquer tipo de discussão, o atleta Gilson, do Ousadia, foi expulso ainda no primeiro tempo da partida, e o atleta do São Cosme (PM) não foi expulso e sim substituído no segundo tempo”.

A nota informa ainda que os disparos foram efetuados quase no fim da partida e do lado de fora do campo, enquanto o PM estava no banco de reservas. “Nosso jogador, que é PM, foi informado que Gilson estaria armado, a partir daí virou um caso policial. Reiteramos que nada do que aconteceu foi reflexo ou do jogo ou da vitória parcial da equipe do Ousadia F.C, e de algum lance da partida”.

A nota finaliza se solidarizando com os familiares de Gilson Camargo e seus colegas da equipe do Ousadia Futebol Clube, e afirma estar disposto a colaborar com as investigações.

O caso


No início da tarde deste domingo (17), um jogo de futebol amador que acontecia no bairro Santa Rosa, em Campina Grande do Sul, terminou com um rapaz morto por um policial militar de folga. A morte de Gilson Camargo gerou revolta entre os populares, que afirmaram que a vitima era de boa índole e um pai de família.

Uma equipe do Bombeiro Comunitário do município foi acionada, mas ao chegaram no local, o rapaz já estava morto. Segundo informado por testemunhas no local, o PM integrava um dos times e recebeu a informação que um dos jogadores do time adversário estava armado. O caso foi registrado em um campo de futebol na rua Darvil José Caron.

No local, as versões repassadas por testemunhas sobre caso foram diferentes. Uma delas é que ao tentar realizar a abordagem, o rapaz teria ignorado a ordem policial. Em outra versão, testemunhas afirmaram que houve luta corporal entre o PM e o rapaz. Há também a versão que o policial atirou pelas costas, sem antes certificar-se se o suspeito estava realmente armado.

O presidente do time adversário, Ousadia Futebol Clube, afirmou ao Linkada News ainda que o mesmo policial já havia arrumado confusão na semana passada durante a partida. “Ele ameaçou um dos jogadores de outra equipe dizendo: igual a você já matei cinco, seis vagabundos”, completou o presidente, que informou em sua versão que não houve agressão física entre o PM e o abordado.

Outra testemunha que falou sobre o caso foi Lucas de Paula, que afirmou que o jogo estava em seus minutos finais. “Saímos correndo, eu pensei que era um bandido matando o outro, depois que fui saber que era um policial. Eu vi quando o rapaz levantou a mão na cabeça e o policial atirou pelas costas. Ele ameaçou dizendo que se aproximássemos ele atirava. Estou em estado de choque com isso”, descreveu.

No local, os ânimos se exaltaram durante a saída do policial para a delegacia. Populares revoltados cercaram a viatura em que ele estava falando palavrões e xingamentos contra o mesmo.

Veja o vídeo abaixo:


Versão da PM

O Comando do 22º Batalhão da PM, onde o policial é lotado informou que ele pertence à Rotam, e que o mesmo estava de folga acompanhado da esposa e filha. A informação é que após ser expulso do jogo, Gilson Camargo, começou a ameaçar as pessoas no local com uma arma de fogo.

O PM recebeu a informação e foi até ele para dar voz de abordagem. O indivíduo posteriormente identificado como Gilson da Costa de Camargo, sacou de sua cintura uma arma de fogo, um revólver calibre 38.

Ainda segundo o Comando, o PM solicitou que soltasse a arma e diante da negativa e na iminência de ser ferido, efetuou os disparos de arma de fogo que vieram a atingir o rapaz. Após os disparos, o soldado solicitou o atendimento do Siate.

Investigação

Segundo informou o comando da PM, as investigações do caso vão ficar a cargo da Polícia Civil de Campina Grande do Sul. O PM envolvido na situação não ficou preso e deve responder em liberdade. O que consta na delegacia do município, até o momento, é a informação declarada pelo policial, que apresentou um revólver calibre 38, como sendo o usado por Gilson.

O próximo passo das investigações é ouvir os familiares e testemunhas que presenciaram o caso. A Polícia aguardava o sepultamento de Gilson, que aconteceu na tarde desta segunda-feira (18), para dar continuidade às investigações, apanhando provas e depoimentos de pessoas envolvidas direta ou indiretamente na situação.

Garrafa de água x arma na cintura


Uma das ações do PM que está sendo muito questionada nas redes sociais é o fato do policial ter apanhado a arma de Gilson, um revólver calibre 38, guardando-o consigo e apresentado o armamento somente na delegacia. A versão informal dada pelo policial é que ele retirou a arma de Gilson porque pessoas começaram a se aproximar do corpo.

Outro ponto que é julgado de forma duvidosa no caso, é que testemunhas afirmam que Gilson não estava com armamento, e o policial pode ter se confundido uma garrafa de água com um revólver. Um vídeo que circula pelo aplicativo WhatsApp mostra socorristas retirando uma garrafa de água, objeto que seria o suposto armamento, da cintura de Gilson.

(Fotos: Adilson Santos e reprodução WhatsApp)


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