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Família de rapaz morto por PM pede justiça


Da Redação

Durante o velório do jovem Carlos Eduardo Araújo, 25 anos, morto por um policial militar na noite desta quarta-feira (2), em Quatro Barras, a família pede por justiça e espera uma resposta das autoridades. Araújo foi baleado dentro de sua casa, na rua José Egídio de Assis, na Colônia Maria José, depois de uma denúncia de que ele ameaçava a esposa com uma arma de fogo. O rapaz chegou a ser encaminhado ao Hospital Angelina Caron, mas devido a gravidade dos ferimentos não resistiu e morreu.

A versão repassada pela PM à imprensa é que a polícia foi acionada para atender uma ocorrência onde um indivíduo armado fazia ameaças à esposa. Ainda segundo a PM, os policiais militares ao chegaram no local se depararam com uma briga conjugal, e ao pedirem para que o rapaz abaixasse a arma, ele teria feito menção de atirar contra os policiais e foi baleado no peito.

A família, no entanto, contesta a informação de que a vítima estaria armada. Um fato que intriga e levanta a suspeita dos familiares está numa arma de brinquedo, que segundo a polícia, teria sido encontrada de posse do rapaz.

A versão da família

O Linkada News conversou com alguns familiares e conhecidos de Araújo, que por sua vez se mostraram indignados com a forma de como tudo aconteceu. Segundo o depoimento, por volta das 22h, pelo menos seis viaturas da PM tomaram conta da residência da família deixando muitos moradores assustados.

Em meio a confusão, a família aponta alguns indícios que comprovam um possível despreparo da polícia ao tratar do caso. “Eles invadiram a casa com a única intenção de tirar a vida do meu filho. Não havia arma alguma. O mataram sem ele esboçar qualquer reação. Ele falava no celular quando atiraram no peito dele”, disse a mãe do rapaz, que mora no mesmo terreno e presenciou a poucos metros a morte do filho.

Familiares da vítima disseram que o casal vivia um relacionamento conturbado, mas não houve agressão física. Segundo informações, na mesma noite a esposa do rapaz estaria com a intenção de pedir a separação e foi pegar alguns pertences na residência. Para não ir sozinha, a moça de aproximadamente 20 anos teria solicitado ao irmão mais velho para que a acompanhasse. O irmão ficou do lado de fora da casa, e ao perceber uma possível discussão, teria ligado para a polícia com o intuito de dar um susto no rapaz.

Uma vizinha que pediu para não ter o nome divulgado presenciou os instantes após o disparo. “Em meio a demora do socorro, a família desesperada tentava socorrer o rapaz, mas por inúmeras vezes foi impedida pelos policiais, que não deixavam eles nem chegarem perto do corpo. Ele ficou dentro da casa agonizando por cerca de 20 minutos, e só depois foi levado às pressas com o carro da família ao hospital. A ambulância só veio depois”, afirmou.

Quanto a suposta arma de brinquedo encontrada com Araújo, o pai do rapaz apenas afirmou: “A única arma dele era a bola no pé. Era um rapaz alegre que gostava de jogar futebol. Não tinha motivo para fazerem isso com meu filho. Vou procurar por justiça”, afirma o pai.

A Polícia Civil de Quatro Barras ficou a cargo de investigar o caso. A Polícia Militar vai abrir um procedimento interno para apurar os fatos. Há um prazo para que esse procedimento aconteça.

(Foto: Luis Linkada)

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