Funcionários demitidos da Brandl dizem não terem recebido por completo seus direitos trabalhistas
- Linkada News
- 15 de abr. de 2016
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Parte dos funcionários demitidos da Brandl do Brasil, de Campina Grande do Sul, aguardam o pagamento da última parcela da rescisão trabalhista, prevista para ser repassada aos trabalhadores em outubro do ano passado. Na quarta-feira (13) um grupo de 10 pessoas foi até o Fórum da cidade a fim de buscar informações sobre o processo.
Segundo a categoria, o dinheiro já encontra-se depositado em juízo, e corresponde a 40% das verbas rescisórias trabalhistas. Os trabalhadores demitidos contam que entraram com uma ação judicial com a intenção de receberem o aviso prévio indenizado e outros tributos como prevê a legislação.
A forma de pagamento dos respectivos direitos foi definida em assembleia entre colaboradores, sindicato e dirigentes da empresa. O acordo previa que o pagamento fosse realizado em três parcelas dentro de uma data estipulada. O que a categoria contesta é que a terceira e última parcela da rescisão permanece retida pela Justiça e não tem prazo para ser liberada.
Em 2014, os cerca de 300 funcionários da Brandl foram pegos de surpresa com uma demissão em massa. A justificativa repassada pela empresa na época foi que a General Motors, sua principal cliente, resolveu pôr fim aos contratos, impossibilitando que a metalúrgica mantivesse seu quadro atual de trabalhadores. Desde que foram dispensados, muitos dos ex-funcionários ainda não conseguiram uma recolocação no mercado de trabalho, e se mantém por meio de “bicos”. Eles esperam ansiosos a liberação do restante do dinheiro.
No Fórum, os ex-colaboradores foram orientados por um servidor a acionarem seus respectivos advogados para que verifiquem os autos do processo. O mesmo servidor disse à nossa reportagem que desconhece um eventual descumprimento do acordo por parte da empresa.
A Brandl do Brasil deu seu parecer sobre o acaso e confirmou a informação repassada no Fórum e também dita pelos ex-colaboradores. A mesma informou que cumpriu o acordo e efetuou o depósito judicial da última parcela em setembro de 2015, conforme previsto no Plano de Recuperação Judicial da empresa.
Uma reunião com os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba (Simec) está marcada para acontecer na manhã da próxima segunda-feira, na sede do Sindicato.
(Foto: Adilson Santos)
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