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Foto do escritorLinkada News

Moradora denuncia poluição causada por falta de saneamento básico na Cascata do Tigre


Uma moradora do Palmitalzinho publicou no Facebook, no início da tarde de ontem, quarta-feira (24), uma reclamação a respeito da poluição presente na Cachoeira do Tigre, localizada no Ribeirão do Tigre, em Quatro Barras. De acordo com a postagem, a cascata estaria com um forte cheiro de esgoto.

Quem fez a publicação foi a Lilliana Dotti Pertercen, que concedeu uma entrevista ao Portal Linkada News e disse que ela foi há três semanas até o local com a família, mas que não foi possível continuar dentro do rio devido ao odor presente na água. Além disso, a moradora disse que não é a primeira vez que o a Cascata apresenta esse tipo de problema. “Sou vizinha do Tigre e sempre frequento o rio com minha família, mas já faz uns dois meses que estamos percebendo esses odores, que ficam mais fortes quando está sol”, afirmou.

O Ribeirão do Tigre é conhecido por abrigar pontos turísticos da região quatrobarrense, além de ser caminho da Estrada da Graciosa para o litoral Paranaense. Apesar dessa característica, parte do local não conta com saneamento básico, o que acaba causando a poluição dos afluentes.

A equipe do Linkada News entrevistou o secretário de Meio Ambiente e Agricultura de Quatro Barras, Eliseu Agenor Grigolo, para entender quais as formas de recuperar essa parte do Rio do Tigre, bem como as medidas tomadas pelo órgão municipal a respeito da situação.


Grigolo esclareceu que há um projeto da Prefeitura com o apoio do Governo Estadual, sendo desenvolvido pela Secretaria Meio Ambiente e Agricultura que visa a implantação de um tratamento de esgoto familiar para a população do Rio do Meio e Ribeirão do Tigre. “A gente acredita que esse problema na Cascata seja proveniente de fezes de animais, além de outros materiais vindos das residências da região. Então, esse projeto vai atender vinte famílias presentes em toda a região do Tigre, que foram escolhidas de acordo com a situação financeira, no caso, são moradores mais carentes”, afirmou.

O projeto citado pelo secretário contará com a implantação de três componentes nos terrenos: uma fossa, um sistema de filtro e, por fim, a parte anaeróbica do tratamento do esgoto, sendo que o esgoto, ao passar pelo último sistema, já estará menos poluente e será infiltrado no solo ao invés de cair no rio.

O período para a implantação desse sistema de saneamento básico alternativo, segundo o Grigolo, é de 120 dias, com início previsto para novembro e término em março de 2019. Ele acredita que o rio pode se recuperar em poucos meses, já que apresenta uma poluição de gravidade leve e agora contará com uma prevenção.

(Foto: Lilliana Dotti Pertercen)