495450580893305 Morte por raiva humana registrada em hospital de Campina deixa Secretaria de Saúde em alerta
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Morte por raiva humana registrada em hospital de Campina deixa Secretaria de Saúde em alerta



Um caso de morte provocado por raiva humana, confirmado recentemente no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, deixou a Secretaria de Estado da Saúde em alerta. O paciente contraiu a doença após ser mordido por um morcego no início deste ano, numa área rural de Ubatuba, no estado de São Paulo.

Confrome a secretaria, a vítima de 24 anos morava em Colombo e demorou a procurar atendimento médico. “Desde 1987 não registrávamos casos e mortes por raiva humana”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Antônio Carlos Nardi. A secretaria informou, ainda, que paciente chegou a procurar uma unidade de saúde na mesma cidade no interior paulista, quando foi prescrita a aplicação de quatro doses da vacina antirrábica. No entanto, o jovem só tomou duas doses.

No dia 19 de fevereiro, o rapaz procurou o pronto-atendimento do Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, quando foi internado já com sintomas de agravamento, como febre alta, dor toráxica, formigamento pelo corpo, dor nos nervos, entre outros. O paciente permaneceu internado, sendo transferido posteriormente para UTI e, apesar do tratamento, morreu no dia 9 de março.

Foram feitos todos os exames definidos no protocolo do Ministério da Saúde para a doença, no entanto sem a confirmação laboratorial de raiva humana. O diagnóstico da doença veio somente após exame clínico-epidemiológico, que verificou a presença de anticorpos da raiva humana no líquor (líquido que banha o cérebro e a medula).

Alerta

A partir do momento em que o paciente foi internado na unidade hospitalar, as equipes de vigilância epidemiológica das secretarias estadual e municipal da Saúde foram alertadas, e vinham acompanhado toda investigação do caso em sintonia com a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo e Instituto Pasteur. Após a confirmação, um ofício foi enviado ao Ministério da Saúde, informando o processo de vigilância epidemiológica desenvolvido no Paraná. A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo e Instituto Pasteur também recebeu o mesmo documento.

Sobre a doença

A transmissão da raiva humana ocorre através do contato de um mamífero infectado com o homem. A maioria dos acidentes acontece pela mordedura de cães, gatos ou contato com morcegos. Nesses casos, a pessoa deve ser encaminhada imediatamente a uma unidade de saúde para iniciar o tratamento profilático.

“Se o tratamento for realizado em tempo hábil, a possibilidade de a pessoa desenvolver a doença é mínima”, diz a superintendente de Vigilância em Saúde, Júlia Cordellini. Segundo ela, o Paraná tem estoques suficientes de soros e vacinas para o tratamento quando necessário.

Orientações à população ao encontrar morcegos:

Evite tocar em qualquer morcego, vivo ou morto.

Os morcegos são animais de hábitos noturnos. Quando encontrados caídos ou voando de dia, podem estar doentes, com o vírus da raiva;

Ao encontrar um morcego nessas condições, ou mesmo morto, avise o serviço de saúde do seu município;

O contato direto com morcegos por toque, arranhões ou mordidas é grave. Caso isso aconteça, procure a unidade de saúde mais próxima;

Mantenha seus animais de estimação, cães e gatos, com a vacina da raiva em dia;

No caso de sofrer agressão (mordedura, lambedura ou arranhões) de morcego:

Lave o ferimento imediatamente com água corrente e sabão;

Procure rapidamente uma unidade de saúde;

Faça o tratamento indicado sem faltar às vacinações;

No contato com morcego (lambedura, mordedura ou arranhão), ou no caso de acordar com o animal caído dentro do quarto de dormir, deve-se fazer a profilaxia pós-exposição com sorovacinação. Procure o serviço de Saúde para orientações.


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