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Polícia de Quatro Barras elucida chacina, faz reconstituição do crime e identifica atirador



A Polícia Civil de Quatro Barras elucidou nesta semana uma chacina registrada no último dia 8 de maio, na região do Borda do Campo. Na ocasião, quatro homens morreram baleados e um quinto ficou ferido.

Na tarde desta quarta-feira (1º) policiais e peritos se deslocaram até o local onde tudo aconteceu para fazer a reconstituição do crime, que foi acompanhada também pelos principais veículos de comunicação e pelo autor da chacina, Alex Galvão Otto, 25 anos.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Haroldo Davison, o suspeito foi identificado pela Polícia e antes da mesma pedir a prisão preventiva dele, ele próprio se apresentou na delegacia local acompanhado do pai. “Ele veio à delegacia na última sexta-feira (27) e confessou ser o autor dos disparos que vitimaram Jhony de Camargo Ambrosio, 27 anos; Josnei Machado, 33; Maicon André Alves de Avelar Maciel e Edilson Farias, ambos de 28 anos. Após conversas com o pai conseguimos convencê-lo que a apresentação do seu filho era o melhor a se fazer”, contou o delegado. Dos envolvidos, apenas David Willian, 18, sobreviveu aos disparos.

Reconstituição

Na noite da chacina, o atirador contou que foi sequestrado por dois homens, Ambrosio e “Japa” que o teriam abordado à mão armada, obrigando ele a entrar em um veículo Gol branco onde estavam outros três ocupantes. A rendição aconteceu na casa de Otto, na Planta Deodora, no município de Piraquara.

De lá, o grupo seguiu em direção a Quatro Barras, adentrando em uma região distante da civilização. Otto disse que três dos ocupantes foram nos bancos da frente do veículo, enquanto outros dois foram no banco de traz ao lado dele. Durante o trajeto, ele afirmou que recebeu ameaças de morte e foi agredido inúmeras vezes com coronhadas de revólver. Otto chegou a mostrar as marcas das agressões deixadas pelos suspeitos na região da cabeça.


Otto ainda relatou em sua versão que em um pequeno descuido, a arma de um dos rapazes caiu no chão, situação que ele aproveitou para executar os agressores ainda dentro do carro. “Assim que um deles derrubou o revólver próximo do meu pé, só pensei na minha vida, peguei o revólver e atirei em todos eles, pois não sabia qual seria a reação deles naquela hora. Quando eu atirei no Jhony que estava ao volante, o carro ainda ligado começou a andar e desceu em uma ribanceira do lado da estrada”, disse Otto durante a reconstituição dos fatos.

Perícia


Segundo a Polícia, a reconstituição teve como objetivo confirmar se a versão relatada pelo atirador condiz com as provas levantadas pela perícia no último mês.

Para o perito Silvestre Ornelas, do Instituto de Criminalística, a versão relatada durante a reconstituição foi suficiente para comprovar que os tiros foram dados de dentro do carro, conforme a direção das balas que saíram pelo vidro do veículo, o que comprova que os fatos relatados por Otto são verídicos. “Mesmo a versão sendo convincente, o que nos causa espanto é como que ele sozinho conseguiu atirar em cinco de uma só vez usando apenas seis munições”, comentou o perito.

Pelo fato do suspeito ter se apresentado e estar colaborando com as investigações, a Polícia neste primeiro momento ainda não vai pedir a prisão preventiva de Otto. Para o delegado Haroldo Davison, o rapaz disse que agiu em legítima defesa, já que os demais suspeitos faziam menção de executá-lo a todo momento. Otto não tem passagens pela polícia e confirmou ser usuário de drogas.

A Polícia local deve concluir o inquérito policial nos próximos dias e encaminhá-lo ao Poder Judiciário.

(Fotos: Adilson Santos)


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