495450580893305 Policial militar que matou jogador de futebol no Santa Rosa está preso
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Policial militar que matou jogador de futebol no Santa Rosa está preso



Por volta das 21h desta quarta-feira (20) a Polícia Militar cumpriu o mandado de prisão temporário do soldado Gerson, da Rotam, que matou a tiros um jogador de futebol durante uma partida no bairro Santa Rosa, em Campina Grande do Sul, na tarde do último domingo (17). O PM que estava de folga jogava em um dos times e alegou que atirou em legítima defesa, pois na versão dele, o jogador adversário estaria armado e esboçou reação.

A prisão foi expedida pelo Poder Judiciário de Campina Grande do Sul após investigações feitas pela Polícia Civil do município, sob o comando do delegado Messias da Rosa. A prisão é temporária e válida por 30 dias, podendo ser prorrogada de acordo com o andamento investigações. O soldado foi preso em sua residência e permanecerá detido em um Batalhão da Polícia Militar nos próximos dias.

O pedido de prisão preventiva levou em consideração depoimentos de testemunhas, entre familiares, amigos, socorristas, bem como os presidentes dos dois clubes de futebol, que foram unânimes em afirmar que Gilson Camargo não estava armado. No inquérito, a polícia considerou ainda as imagens feitas por aparelhos celulares no local do crime e também as que constam nas câmeras de monitoramento de um colégio, localizado ao lado do campo de futebol, onde o jogador foi morto pelo policial.

“Até agora, segundo as provas que colhemos por meio da perícia, de testemunhas e de imagens no local, é que em nenhum momento houve a confirmação que essa arma estava com a vítima, isso está sendo contado apenas na versão do policial”, disse o delegado.

A Polícia Civil do município trabalha agora para tentar entender como que o revólver calibre 38, supostamente usado pelo jogador de futebol morto, Gilson Camargo, veio parar na capital. As investigações conseguiram identificar o proprietário do como sendo um morador de Joinville, em Santa Catarina. “Enviamos uma equipe para o estado vizinho a fim de ouvir o proprietário desse armamento, e saber de que forma ele veio parar em Curitiba”, afirmou o delegado.

Na tarde desta quinta-feira (21) o Comando Geral da Polícia Militar do Paraná vai se pronunciar sobre o caso durante uma coletiva marcada para às 16h no quartel da PM, no bairro Rebouças, em Curitiba.

Ameças Em uma entrevista exclusiva dada ao programa Cidade Alerta Paraná, da RicTV, o técnico do time em que Gilson Camargo jogava, Márcio de Lima, disse que depois do episódio seus jogadores vêm recebendo ameaças anônimas pelas redes sociais. CLIQUE AQUI para ver a entrevista.

De acordo com Lima, as mensagens acompanham dados pessoais completos dos jogadores como o endereço, número de identidade e CPF. “Não sabemos quem é a pessoa, nem de onde essas informações estão vindo. O teor das mensagens afirmam que o que está no boletim de ocorrência é verdade, e é para nós ficarmos quietos”, relata.

Diante da represália que alguns jogadores vêm sofrendo, muitos deixaram de testemunhar o que presenciaram no último domingo. “Nossos atletas estão evitando usar a internet, pois estão com medo. Um deles recebeu por completo um dado dele via internet, informando que ele teria que ficar quieto, ou ele poderia ser processado. Mais pessoas do time viriam na delegacia para depor, mas desistiram devido ao medo”, completa.

(Foto: Adilson Santos)


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