495450580893305 Publicação no Facebook sobre suposta sequestradora de crianças vai parar na Delegacia de Campina
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Publicação no Facebook sobre suposta sequestradora de crianças vai parar na Delegacia de Campina


Uma publicação feita no Facebook está gerando preocupação à uma moradora do bairro Jardim Ipanema, em Campina Grande do Sul. Solange Valéria, 47, comerciante há anos na cidade, nunca imaginou ser comparada à uma sequestradora de crianças, tendo inclusive a placa do seu veículo exposta em um grupo de compras e vendas do município. A postagem virou caso de polícia e Solange registrou um boletim de ocorrência nesta terça-feira (8) na delegacia local.


Tudo começou depois que uma internauta postou no Facebook, para um grupo restrito com mais de 20 mil integrantes, a informação que um veículo modelo Kia Serato, cor preta, foi visto no bairro Eugênia Maria sob atitude suspeita. Segundo a publicação, haviam duas crianças no banco de trás do veículo com uma “mulher loira bem vestida”, dando a entender que a mesma estaria planejando raptar crianças na região.

A postagem rapidamente viralizou no Facebook, chegando inclusive nos grupos de WhatsApp da cidade. Centenas de compartilhamentos e comentários foram tecidos, um deles de um internauta informando, por meio de um aplicativo de consulta de veículos, que o emplacamento do carro não condizia com o modelo descrito (placa clonada).

Ao saber que a postagem se tratava de seu veículo, Solange se mostrou surpresa e ao mesmo tempo preocupada que a publicação lhe trouxesse sérios problemas, já que a comerciante é muito conhecida na cidade e utiliza o carro frequentemente. A informação sobre a postagem chegou através de um cliente que a conhecia, logo pela manhã. Rapidamente, Solange se dirigiu até a Polícia Civil com o objetivo de registrar um Boletim de Ocorrência sobre o caso.


“Um cliente amigo meu me perguntou: Sol qual é a placa do seu carro? Eu perguntei o motivo, e ele disse que estavam postando a foto do meu carro no Facebook dizendo que eu queria sequestrar crianças, eu não acreditei na hora”, afirmou a comerciante, que decidiu conferir e se deparou com a publicação. “Quando vi aquilo eu tremia mais do que “vara verde”. Eu vi a foto do meu carro e a placa sendo expostos publicamente, e ainda alguns dizendo para todos tomarem cuidado, pois tinha gente de má índole sequestrando criança por aí, fiquei indignada”, desabafou a comerciante, que disse que pretende processar por calúnia e difamação a autora da postagem.

Para o delegado de Campina Grande do Sul, João Marcelo Renck Chagas, que agora está encarregado de comandar as investigações sobre as postagens, casos como a da comerciante acabam alarmando população e colocando a vida de inocentes em situação de risco. “Já tivemos um problema parecido lá em Quatro Barras, em que foi informado que chineses estariam sequestrado crianças, quando na realidade nada foi confirmado. Outro caso bastante frequente é sobre fuga de presos. A população precisa se ater ao que é postado nas redes sociais, verificar se é verdade, e não sair compartilhando qualquer informação por aí”, orientou Chagas.

Confira a entrevista com a comerciante:


Comunicação falsa de crime ou de contravenção resulta em pena

Segundo o que prevê o Código Penal, no artigo 340, provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado, resulta em pena de um a seis meses de detenção, ou multa (termo de circunstanciado).

Polícia esclarece informações sobre supostos sequestros de crianças

Diante da grande quantidade de mensagens e de áudios que têm circulado pelas redes sociais nos últimos dias, o Serviço de Crianças Desaparecidas (Sicride) convocou nesta terça-feira (8) os veículos de comunicação para uma coletiva de imprensa com a finalidade de esclarecer os supostos sequestros que estariam ocorrendo em Curitiba e região metropolitana.

Até o momento, segundo a Polícia, houve apenas um caso de sequestro confirmado na cidade de Campo Largo, e que vem sendo investigado. Uma outra situação ocorrida na região do Trevo do Atuba, e que passou a ser investigada, se tratava na verdade de uma tentativa de assalto. Portanto, informações de que há uma quadrilha especializada em rapto de crianças agindo nas cidades da região não é verídica, no entanto, a Polícia orienta que os pais fiquem atentos aos seus filhos.

Denúncias e suspeitas que possam envolver rapto de crianças podem ser informadas direto ao Sicride, no (41) 3224-6822 ou no 181.


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