Socorrista que retornava da faculdade tenta salvar homem baleado em QB; vítima não resistiu
Oscar Ramon dos Santos, de aproximadamente 60 anos, morreu no fim da manhã desta quinta-feira (24) vítima de disparos de arma de fogo, no bairro Jardim Pinheiros, em Quatro Barras. Os tiros foram efetuados por um homem de moto.
Oscar estava em um veículo Scort com placas de Piraquara e foi abordado de moto pelo atirador na rua Maria Valaski, esquina com a Avenida Dom Pedro II. “O motorista parou na esquina e quando se preparava para seguir sentido centro, uma moto equiparou com o carro e efetuou os disparos contra a vítima”, disse o agente Vaz, da Guarda Municipal.
Segundo populares, Oscar era de família conhecida na cidade e estava construindo uma casa na região onde foi assassinado. Os tiros atingiram coxa, ombro e face do motorista, que não resistiu aos ferimentos e morreu ainda dentro da ambulância, antes de chegar ao hospital.
Luta pela vida
Enquanto a Guarda Municipal e a PM aguardavam a chegada do Siate, uma socorrista que retornava da faculdade parou para prestar o primeiro atendimento.
A luta para manter a vítima viva dentro do carro não passou despercebido aos olhos dos curiosos que acompanhavam a situação. A profissional, que preferiu se identificar apenas como “Cátia” contou alguns detalhes sobre a situação ao Linkada News.
“Não havia nenhuma ambulância quando cheguei. Ao me deparar com a cena, imediatamente, estacionei o carro, peguei meus equipamentos e lá fui tentar salvar mais uma vida. Pedi apoio aos agentes para iniciarmos a massagem cardíaca na vítima que já estava em parada cardio-respiratória”, contou Cátia, que trabalha na área há três anos.
Mesmo fora do seu plantão, a socorrista contou ainda que fez o que pôde para manter a vítima viva até a chegada da ambulância. “Não poderia passar no local e ver alguém naquela situação e não fazer nada. Sempre me coloco no lugar da vítima, é uma vida que está ali. Fizemos o que podíamos por este senhor, mas ele teve três paradas e seus ferimentos eram considerados graves. Conseguimos mantê-lo com vida até a chegada da equipe médica, mas depois ele não resistiu. Faz parte da nossa profissão conviver com essas situações”, completou a profissional.
(Fotos: Adilson Santos)