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Universitário é detido com maconha no Parque da Ciência e colegas se revoltam com ação da polícia

  • Foto do escritor: Linkada News
    Linkada News
  • 23 de jul. de 2015
  • 4 min de leitura

Um estudante da FAP (Faculdade de Artes do Paraná) foi detido com uma pequena quantidade de maconha por policiais militares na tarde desta quarta-feira (23), no campus da faculdade (CineTVPR) instalada nas dependências do Parque da Ciência, antigo Parque Castelo Branco, em Pinhais. A detenção do rapaz, que é aluno do curso de cinema e vídeo, gerou revolta entre os colegas de classe. Um vídeo que circula pelas redes sociais mostra colegas do rapaz cercando a viatura da PM na tentativa de impedir que ele fosse levado à delegacia. Veja abaixo.


O estudante Guilherme Lourenço Gomez, integrante da Comissão de Comunicação Cazé, entidade ligada aos interesses dos alunos do campus, considerou a ação da polícia truculenta. “Eles chegaram apontando a arma pra cabeça dele. Um dos PMs chegou a pegar o celular de um amigo para impedir a gravação da apreensão. Um professor, no momento da apreensão, pediu a liberação do estudante aos PMs indagando que se houve o suposto abuso de drogas, o caso deveria ser tratado internamente com a coordenação como regime disciplinar e não daquela forma", disse.

Segundo relatou Gomez ao Linkada News, o Governo Estadual não vem repassando o recurso para custeio da faculdade, e o uso de forças militares seria uma forma de suprir tal carência. “Estamos deficitários de professores e demais profissionais para manter a escola e isso ninguém vê. O Estado praticamente abandonou o ensino público, daí mandam a polícia para tentar coibir os estudantes que fazem uso recreativo de maconha dentro do campus".

Política da boa vizinhança


A direção do colégio vizinho da faculdade, o CEP Newton Freire Maia, foi citado em alguns momentos pelos universitários como sendo a responsável pela presença da polícia no campus da faculdade. Sobre o assunto, a reportagem do Linkada News conversou com a diretora pedagógica do Newton Freire Maia, Vera Tives, que disse já ter recebido várias reclamações de alunos e também funcionários do colégio, que presenciaram estudantes da FAP fazendo uso indiscriminado de maconha nas dependências do parque, porém no caso específico, ela afirmou não ter acionado a polícia.

Segundo a diretora, o uso da maconha nas dependências do parque vem repercutindo de forma negativa para a instituição e tem preocupado pais e professores. “Somos responsáveis por vários estudantes que estão concluindo o ensino médio, em sua maioria menores. Pela legislação, a maconha é considerada uma droga ilícita, e isso todos eles devem ter ciência. Já conversamos várias vezes com os responsáveis pela faculdade para que orientassem seus alunos a não fazer uso da droga aqui, porém, tal prática ainda persistia. A escola procura evitar que nossos adolescentes venham ser influenciados por jovens que consideram o uso da maconha como algo comum. Era visto que uma hora ou outra a patrulha escolar da PM, que faz policiamento rotineiro nas escolas públicas, ia acabar levando alguém preso por conta disso”, afirmou a pedagoga.

Resposta da Polícia Militar

Em nota oficial, a Polícia Militar do Paraná informou que por intermédio dos policiais militares que atuam no Programa Patrulha Escolar Comunitária (PEC), atividade especializada em policiamento comunitário escolar foi solicitada a fim de averiguar eventual consumo de drogas ilícitas por parte de um estudante daquela instituição de ensino superior.

Salienta-se que a solicitação foi atendida, após cinco vezes e na mesma data, pela Direção do Colégio Estadual do Newton Freire Maia, localizado no Parque da Ciência Newton Freire Maia (Parque da Ciência), local onde também fica localizada a FAP.

Após os policiais militares deslocarem até o Campus da FAP, foi identificado um aluno no pátio daquela Instituição consumindo um cigarro com substância análoga à maconha, o qual foi preso por porte e consumo de droga ilícita, bem como, encaminhado à Delegacia da Polícia Civil do município de Pinhais/PR, para a lavratura de Termo Circunstanciado.

Ressalta-se que a prisão do aluno foi realizada em razão da previsão legal contida no Artigo 28 da Lei nº 11.343/2006 (Lei que trata do sistema de políticas públicas sobre drogas no Brasil), referente ao item relacionado ao “trazer consigo substância ilícita/ilegal para o consumo pessoal”, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. Sob o aspecto legal, o § 2o do Artigo 28 aponta que as condições em que se desenvolveu a ação e a conduta do agente (aluno) atendem aos requisitos legais atendidos pelos policiais militares.

Vale ressaltar que a presença de policiais militares, que atuam com o Programa Patrulha Escolar Comunitária (PEC), no Campus da FAP (espaço público) é legítima, considerando-se que a Lei mencionada prevê a ação de prisão do agente e a apreensão de droga ilícita, fato que comprovadamente, não houve “truculência policial”, conforme pode-se observar nas imagens filmadas e inseridas pelos próprios alunos no site You Tube (Podcast).

Outro aspecto a ser observado é de que os alunos da faculdade compartilham o mesmo espaço de alunos do ensino médio e ensino fundamental do Colégio Estadual Newton Freire Maia, o que demanda cuidado e olhar diferenciado por parte da Direção daquela Instituição de Ensino Superior.

A análise das imagens obtidas no site You Tube (Podcast), demonstram que os policiais militares que atenderam a ocorrência, desempenharam a ação policial de acordo com a prescrição legal e orientações previstas nos procedimentos operacionais padronizados adotados no Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC).

Destaca-se nas imagens, que os profissionais tomaram o cuidado de encaminhar o aluno para a Delegacia da Polícia Civil de Pinhais, sem algemas, por não oferecer resistência à prisão. Parte dos alunos que observaram a ação tentaram realizar o impedimento da saída da viatura do local de ocorrência, e o motorista tomou o cuidado em retirar a viatura do local à marcha ré. Observou-se ainda na imagem que uma das alunas falou que os policiais militares retiraram o celular das mãos do aluno preso, fato esse que não é consignado nas imagens realizadas pelos próprios alunos, bem como, os militares estaduais não apreenderam o equipamento citado.


 
 
 

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