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Viaturas paradas aguardam conserto na unidade da PM em Campina Grande do Sul



Imagens recebidas nesta semana pelo Linkada News mostram veículos que poderiam estar ajudando no policiamento, mas que encontram-se parados no pátio da 4ª Companhia da PM, em Campina Grande do Sul, devido a problemas mecânicos. Pelo menos cinco carros oficiais, entre eles a Base Comunitária Móvel, designada a atender o comércio do Jardim Paulista, aguardam há meses por conserto na unidade.

Segundo informações repassadas por policiais militares que atuam na região ao Linkada News, o problema vem ocorrendo porque o Governo do Estado não está repassando a verba para manter a frota nas ruas, obrigando muitas viaturas a ficarem “baixadas”- jargão usado pelos policiais para falar sobre os veículos que estão fora de circulação. “São problemas mecânicos pequenos que poderiam ser resolvidos, mas sem dinheiro para o custeio do serviço, é impossível. Alguns carros que ainda funcionam estão tão precários que não aguentam rodar 10 quilômetros. A recomendação é que não façamos perseguições por risco de acidentes”, denuncia um policial.

A falta de viaturas em circulação tem sido notada pela população não só de Campina Grande do Sul, mas de municípios vizinhos, ainda mais quando a baixa na frota veio acompanhada de constantes assaltos, roubos e furtos na região. De um lado, moradores e comerciantes assustados com o crescimento da criminalidade. Do outro, policiais militares que sofrem dificuldades por não ter viaturas para atender todas as ocorrências. “A gente chega na Companhia e não tem viatura para trabalhar. Alguns soldados são designados a fazer patrulhamento a pé, em dupla, enquanto outros se revezam com apenas um veículo, ou ficam restritos aos serviços administrativos”, relata outro PM.


A situação fica evidente quando a população aciona o 190, e o atendimento do chamado acaba sendo demorado. Conforme relata um militar, com menos viaturas em circulação, os policiais precisam seguir ordem de prioridade para atender ocorrências, e algumas regiões ficam desguarnecidas. “Chamados mais simples, como furtos e arrombamentos, muitas vezes, não podem ser verificados de imediato. A demora tem relação direta com as baixas dos veículos. Isso causa uma sensação de impunidade e acaba desestimulando a população a acreditar no nosso trabalho”, conta o policial.

Com a frota reduzida, Campina Grande do Sul e Quatro Barras, municípios atendidos pela 4ª Cia da PM, contam apenas com uma viatura cada, isso quando algum dos veículos não deixa de operar. “Tem dias que só temos uma viatura disponível para atender Campina e Quatro Barras, pois às vezes acontece de um dos carros ser realocado para atender outra cidade, e quem mais sofre com isso é a população que depende do policiamento”, desabafa um dos policiais.

Colombo


Na sede do 22º Batalhão de Polícia Militar, em Colombo, responsável também pelo policiamento de Campina Grande do Sul e Quatro Barras, a situação não é diferente. Várias viaturas encontram-se paradas por falta de manutenção. De acordo com uma denúncia feita em junho deste ano pelo Primeiro Jornal, periódico impresso que circula no município, mais de 20 viaturas estariam estacionadas sem utilidade nenhuma no pátio do batalhão aguardando ser consertadas. Todas as viaturas “baixadas” estão com um comunicado no para-brisa informando a data que deixaram de circular e os serviços necessários incluindo até mesmo uma simples troca de óleo.


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