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Número de mortes em confrontos policiais aumentou em 2018 no Paraná
O número de mortes em confrontos com policiais no Paraná aumentou durante o ano passado. No segundo semestre de 2018, foram registradas 148 mortes que, se comparado com o mesmo período em 2017 em que foram contabilizadas 131 mortes, houve um aumento de 13% nos casos. Além disso, ao todo foram 327 mortes no ano, 52 a mais que em 2017 – um aumento de 18,9%. Os dados em questão foram divulgados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), unidade do Ministério Público do Paraná, nesta quinta-feira (17).
Especificamente, no segundo semestre do ano passado, foram 141 mortes em confronto com policiais militares e sete em confrontos com policiais civis. Não houve mortes em enfrentamentos com as Guardas Municipais. No ano todo, houve 312 mortes em confrontos com policiais militares, 12 em confrontos com policiais civis e três com guardas municipais.
De acordo com as estatísticas, Curitiba aparece como a cidade com o maior número de mortes, sendo 76 no total. Em seguida vem Londrina com 23 mortes, São José dos Pinhais contabilizando 21 óbitos em confronto, Colombo com 12 mortes, Araucária e Foz do Iguaçu com 10 mortes, Almirante Tamandaré, Cambé, Maringá, Pinhais e Piraquara com registro de sete mortes. Nestas regiões foram onde verificou-se o maior número de mortes em confronto com a Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Municipal.
ESTRATÉGIA NACIONAL – O controle estatístico das mortes em confrontos policiais pelo Gaeco faz parte de estratégia de atuação do MPPR com o objetivo de contribuir para diminuir a letalidade das abordagens em confrontos policiais. As iniciativas do Ministério Público já foram discutidas com representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública, da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Além disso, a exemplo dos demais MPs do Brasil, o Ministério Público do Paraná aderiu ao programa nacional “O MP no enfrentamento à morte decorrente de intervenção policial”, instituído pelo Conselho Nacional do Ministério Público, por meio da Comissão do Sistema Prisional, Controle Externo da Atividade Policial e Segurança. O objetivo da iniciativa do CNMP é assegurar a correta apuração das mortes de civis em confrontos com policiais e guardas municipais, garantindo que toda ação do Estado que resulte em morte seja investigada.
(Foto: Reprodução/Internet)
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