Desde o último domingo (11), a Polícia Civil conta com o auxílio de uma nova ferramenta para localizar bicicletas furtadas ou roubadas. O governo do Estado lançou o Minha Bike - um banco de dados onde é possível cadastrar bicicletas em uma plataforma online abrigada pelo Governo Digital.
O projeto Minha Bike Segura foi desenvolvido em parceria com a Secretaria da Segurança Pública e entidades de ciclistas de Curitiba e região. O mecanismo é inédito no país e deve ajudar a coibir roubos e furtos de bicicletas. Uma vez cadastrada, se a bicicleta for furtada ou roubada, as informações, que podem ser acessadas não apenas pela polícia, mas por qualquer cidadão, podem facilitar a identificação e devolução.
“Temos um índice razoável de recuperação de bicicletas, mas, infelizmente nem sempre conseguimos restituir o bem à vítima. O Minha Bike vai facilitar a identificação das vítimas para que possamos devolver o objeto”, afirma o delegado-adjunto da DFR, Emmanoel David.
Além de localizar a vítima do furto ou roubo de forma mais rápida, o delegado acredita que com o cadastramento digital, o volume de crimes envolvendo bicicletas também deve diminuir. “Acreditamos que o cadastro deve desestimular este tipo de crime, pois, quem for adquirir uma bicicleta usada vai poder pesquisar e verificar se trata-se de um produto de furto ou roubo e optar por não adquirir a bicicleta, sob o risco de responder por crime de receptação”, ressalta.
Podem fazer o registro no Minha Bike somente usuários cadastrados no Governo Digital. Além de informar as características da bicicleta, como cor, modelo e marca, o usuário deverá inserir o número de série (chassi ou quadro) pode ser localizado na nota fiscal, marcado no metal ou em uma etiqueta.
A informação do número de série da bicicleta na nota fiscal é obrigatória no Paraná e está prevista na Lei 18.697/2016.
Investigação - Devido à demanda por bicicletas furtadas e roubadas verificada nos últimos meses, a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) designou uma equipe exclusiva para identificar os possíveis suspeitos dos crimes. “Neste caso, temos colhido imagens de câmeras de segurança e submetidos os arquivos de vídeo a análises técnicas, no sentido de averiguar as características físicas dos autores. Em alguns casos, já temos a identificação dos criminosos e encaminhamos à Justiça representações pelas prisões dos suspeitos”, afirma Emmanoel.
(Foto: Divulgação/Polícia Civil do Paraná)
