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Da Redação
Quem reside em Quatro Barras, Campina e parte de Colombo e precisou pegar ônibus nesta quinta-feira (26) teve muitas surpresas com a greve restrita apenas aos cobradores. A primeira foi logo cedo com os ônibus que circulavam com as catracas livres, ou seja, muitos passageiros mesmo com o cobrador, não pagaram a passagem e entraram pela porta detrás dos coletivos. Apesar da “gratuidade” alguns carros no período da tarde começaram a cobrar o valor de R$ 3,05 da passagem, o que deixou muitos usuários confusos sobre um possível fim da greve.
Segundo informações de passageiros, os coletivos também apresentaram atrasos e, em alguns casos não cumpriam o itinerário. Com isso muitos trabalhadores acabaram chegando atrasado ao trabalho ou compromisso. Mas a surpresa maior veio por volta do meio-dia quando boa parte das linhas da Viação Castelo Branco e de outras empresas que atendem a Região Metropolitana pararam de circular e quem precisou voltar pra casa teve que esperar por quase duas horas para conseguir um ônibus.
Segundo informou a Viação Castelo Branco, o motivo para falta de coletivos em determinados horários foi porque a empresa não permitiu que os carros deixassem a garagens sem os cobradores, além disso, alguns motoristas também aderiram a paralisação. “Mesmo sem cobrança da passagem, os cobradores deveriam auxiliar no desembarque dos passageiros, pois são eles que comunicam ao motorista o momento do fechamento das portas. O motorista nem sempre consegue ter uma visão de quem está descendo, principalmente quando o ônibus está cheio”, explicou chefe de tráfego da Viação Castelo Branco, Luciano Ruthes, sobre a necessidade dos cobradores estarem no coletivo.
Outro receio das empresas em deixar ou não os ônibus circularem estaria ligada a representantes do Sindimoc e até mesmo passageiros, que estariam ameaçando a integridade física dos profissionais, além disso, houve rumores de possíveis atos de vandalismo contra os coletivos.
(Foto: Adilson Santos)
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A greve dos motoristas e cobradores do transporte coletivo deixou Campina Grande do Sul, Quatro Barras e Colombo sem ônibus nesta quarta-feira (26). Quem precisou utilizar o serviço teve que optar por meios alternativos de transporte ou simplesmente ir embora pra casa. Nos terminais o que se via eram apenas os bancos de espera vazios.
Em frente à Viação Castelo Branco, responsável pelo transporte público na região, uma faixa foi colocada logo na portaria, informando a adesão dos profissionais à paralisação. Mediante a situação, a ordem era que nenhum ônibus saísse do local.
Somente por volta das 17h30 os coletivos começaram a sair do pátio sentido à capital. Isso porque o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR) determinou que pelo menos 30% da frota voltasse a funcionar imediatamente em Curitiba e região.
Apesar da volta dos coletivos às ruas, a greve continua nesta quinta-feira.De acordo com a Castelo Branco, a frota de ônibus será reduzida nesta quinta-feira (27) garantindo os 40% determinados por lei durante todo o dia, não havendo alterações. Para ter uma ideia quanto aos horários, a empresa informa que vai seguir o mesmo aplicado aos sábados. A maior preocupação dos usuários agora é quanto à superlotação, pois se em dias de semana, mesmo com uma frota maior os coletivos já trafegam lotados, imagina com a redução no número de linhas. É esperar pra ver.Os horários podem ser consultados no site http://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/ na opção horário de ônibus.
Negociações
O Sindimoc pede reajuste salarial de 16% para os motoristas e de 22% para os cobradores à classe patronal. Em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (26), os empregadores colocaram como proposta 10% para todos os funcionários, mas a categoria não aceitou. Nesta quinta, uma nova assembleia vai acontecer às 14h para determinar se a greve continua ou não.
Foto: Adilson Santos