Foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (05) no Paraná, a Operação Boi na Linha, que visa prender uma quadrilha que aplica golpes em vítimas de furtos e roubos de veículos em pelo menos três estados do país. A ação policial que é feita pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos também acontece nos estados de Goiás e Distrito Federal. Ao todo, mais de 70 policiais civis paranaenses e de Goiás estão nas ruas para cumprir 20 mandados judicias, sendo 12 de prisão temporária e oito de busca e apreensão.
A investigação, que levou um ano, revela que o chefe da organização criminosa é um homem que está preso numa penitenciária na cidade de Luziânia, no Estado de Goiás. De dentro da cela, por telefone, ele obtinha informações sobre as vítimas que tinha o veículo roubado ou furtado e depois entrava em contato com elas exigindo dinheiro em troca de entregar o automóvel. Além da perda do veículo, a vítima ainda depositava dinheiro para os criminosos com a esperança de recuperar o bem – o que nunca acontecia.
A suspeita é que esta quadrilha tenha aplicado pelo menos 10 golpes por semana. O valor pedido variava de R$ 1 mil até R$ 7 mil, dependendo do modelo do veículo. A investigação da DFRV conseguiu identificar vítimas desta quadrilha nos estados do Paraná, São Paulo e Goiás.
Além do homem apontado como chefe do esquema criminoso, a polícia está atrás das pessoas que cediam as contas bancárias para que os depósitos em dinheiro fossem feitos. Entre os alvos da operação Boi na Linha estão a mulher do preso e uma cunhada.
Aliás, este trio é um velho conhecido da polícia. No ano de 2015 os três foram presos no Estado de São Paulo suspeitos de aplicar exatamente o mesmo golpe – utilizando o mesmo modus operandi: obtinha informações sobre os roubos e furtos e depois exigia dinheiro das vítimas com a promessa de devolução do veículo.
(Foto: Divulgação/Polícia Civil do Paraná)
Uma quadrilha de tráfico de drogas que atua em Curitiba e Região Metropolitana é alvo da Operação Regresso, deflagrada nesta quarta-feira (31) pela Divisão de Narcóticos (Denarc). Cerca de 100 policiais civis do Paraná cumprem 43 mandados judiciais, sendo 17 de prisão preventiva e outros 26 de busca e apreensão. A investigação, que durou pouco mais de cinco meses, mostrou que a organização criminosa usava o dinheiro arrecadado com a venda de drogas para comprar imóveis. Pelo menos sete foram identificados pelos policiais. Esses bens estão no nome de Fábio Sidney Ribeiro Leitão, vulgo Herman, apontado como chefe da quadrilha, e da mulher dele Bruna Gremski Leitão. Ele está detido no sistema penitenciário do Paraná e de lá comandava a ação da organização criminosa. Bruna era responsável pela arrecadação financeira. Ela percorria pontos de tráfico de drogas comandados pela quadrilha recolhendo o dinheiro obtido com a venda de maconha, cocaína e crack. Durante a investigação, Bruna foi flagrada fazendo depósitos e saques em bancos.
Além do casal, a polícia está em busca de pessoas responsáveis pela armazenagem da droga e a venda. Entre os alvos está um Guarda Municipal de Curitiba que dava auxílio à Herman. Ele mora em frente a um dos pontos de armazenagem e venda de maconha e crack. O guarda municipal, segundo a investigação, informava ao detento a respeito das atividades policiais realizadas na “biqueira”. O servidor tinha pleno conhecimento dos delitos praticados por Hermann e seus asseclas e se prontificava a manter contatos com os responsáveis pelas apreensões das drogas do grupo criminoso para tentar, em vão, negociar a liberdade dos envolvidos.
Outro alvo da operação da Denarc é Andressa Rafaela de Souza Pantaleão. Na organização criminosa, Andressa fazia o armazenamento da droga e revendia para pequenos traficantes e usuários – com o auxílio da mãe e do marido. Loira, como Andressa é conhecida, é uma velha conhecida da polícia. Ela foi presa pela Polícia Militar no dia 31 de maio deste ano com 390 gramas de cocaína, 76 gramas de maconha, 86 gramas de cocaína, balança de precisão e aproximadamente R$ 9 mil. Dias depois ela foi solta beneficiada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que concedeu habeas corpus coletivo para mulheres gestantes ou com filhos com idade até 12 anos.
Assim que ganhou a liberdade, Andressa voltou para a atividade de tráfico de drogas. No dia 18 de julho ela foi presa novamente, desta vez pela Denarc. Na casa dela, os policiais apreenderam 590 gramas de crack, meio quilo de cocaína, três balanças de precisão e R$ 32,4 mil. Mais uma vez, Andressa se valeu da decisão do STF e saiu da cadeia pela porta da frente. Novamente, a “Loira” é alvo da Denarc. O casal Fábio Sidney Ribeiro Leitão e Bruna Gremski Leitão também é conhecido da Denarc. Os dois foram detidos em 2013 cometendo, basicamente, os mesmos crimes. Ele comandando o tráfico de dentro da cela e a esposa trabalhando diretamente com a venda de drogas nas ruas. Esta reincidência da investigação tendo eles novamente como alvos é responsável pelo nome da operação: “Regresso”. Participam da ação, policiais civis da Denarc, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e do Tático Integrado Grupo de Repressão (Tigre), unidades de elite da Polícia Civil.
(Fotos: Divulgação/Sesp-PR)
Da Redação
Uma quadrilha explodiu um caixa eletrônico em Campina Grande do Sul, na madrugada desta quarta-feira (3). O crime aconteceu por volta das 4h, quando o grupo pulou um muro e detonou o terminal de autoatendimento da Caixa que fica no estacionamento da prefeitura, no centro da cidade. Uma farmácia que fica ao lado do caixa eletrônico teve a parede danificada com a explosão.
Segundo agentes da Polícia Federal, os bandidos conseguiram levar o compartimento onde estava guardado o dinheiro. O grupo fugiu em um veículo Palio Weekend e uma caminhonete Tucson, que foi localizada posteriormente na Estrada do Cupim com algumas munições em seu interior.
A quantia de dinheiro roubada durante a ação ainda não foi divulgada. Uma perícia foi realizada no local. Por se tratar de um banco público, a Polícia Federal é que está a cargo de investigar o roubo.
(Foto: Luis Linkada)